domingo, 26 de abril de 2015

ACLAM DÁ POSSE A NOVOS ACADÊMICOS

A Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé – ACLAM -, no dia 25/04/2015, deu posse a três novos acadêmicos: Aurea Barcelos – Cadeira Nº 38 – Patrono: Bernardo Soares de Proença; Eric Fanuel – Cadeira Nº 34 – Patrono: Carlos Eloy Franco; Thiago S. Souza – Patrono: Humberto de Campos Veras.
Participaram da composição da Mesa Diretora, a Presidente da ACLAM, Professora Benedita Azevedo, a Presidente da Fundação Cultural de Magé, Professora. Alcília Brandão, os Acadêmicos, Gilvaldo Guerra, André Alves e os Neoacadêmicos, Eric Fanuel e Áurea Barcelos.
Atuou como Mestre de Cerimônia, o Neoacadêmico, Thiago S. Souza que procedeu à composição da Mesa Diretora e passou a palavra à Presidente, Benedita Silva de Azevedo que deu as boas vindas a todos e convidou os presentes a cantarem o Hino Nacional Brasileiro. Dando prosseguimento, empossou os Neoacadêmicos.
A cerimônia contou ainda com a participação dos parentes, amigos e amantes das artes de Magé, apresentação cultural do sambista Eric Fanuel e uma homenagem a Baixada Fluminense lida pelo professor Thiago Souza. A Diretoria ***

"Baixada Fluminense”
Como falar de uma região tão rica e tão marginalizada, afinal falar do que se ama é sempre difícil. A Baixada Fluminense, não é apenas um lugar ou uma simples região e sim um aglomerados de grupos sociais que resistem ao tempo e com força e suor constroem o Estado mais famoso da República. O dia da Baixada não é só homenagem a uma região, mas, À Nação Brasileira, que, desde o início da colonização tem se mostrado forte e disposta a construir a cada dia, a cada manhã um país melhor. Muitos são os atores sociais deste lugar, uma região rica em culturas, etnias e grupos sociais, mas com uma característica, ainda mais marcante, a de um povo trabalhador.
Vale a pena destacar que esta também é uma região rica em patrimônio cultural e, em especial, aqui em nossa cidade, afinal esta data - 30 de abril - refere-se a inauguração da Estação de Guia de Pacobaíba, marco fundamental para o desenvolvimento desta nação.
Um homem chamado Irineu Evangelista de Souza viu, nessa região, o potencial para implementar a Primeira Estrada de Ferro do Brasil e como afirmava “Os desafios fizeram-se para serem vencidos” e este tem sido o lema diário de uma população que desperta para construir mais um capítulo da história do Estado do Rio de Janeiro, vencendo a violência, a fome, a miséria com alegria, trabalho duro, e com suas manifestações culturais tão ricas e singulares. Salve a Baixada Fluminense!" - Thiago Souza - Vice Presidente da ACLAM
 

 

Eric Fanuel, Aurea Barcelos (Diretora de Ciências da ACLAM), André Alves, Alcilia Brandão (Presidente da Fundação Cultural), Benedita Azevedo (Presidente da ACLAM), Thiago Souza (1º Vice-presidente da ACLAM) e Gilvaldo Guerra (Tesoureiro).

domingo, 19 de abril de 2015

CONVITE...

A Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé
tem a honra de convidar  para a posse dos novos acadêmicos
 
Auréa Barcelos
Eric Fanuel
Thiago Souza
  
Para melhor visualizar, por favor, clique no convite.

 

A LENDA DE MAGÉ

Por Gilvaldo Dias Guerra.
 
A LENDA DO RIO MAGÉ
 
Temos a Mirindiba, a índia que virou uma árvore e agora vou falar de uma índia que foi transformada em um rio. Não um rio comum, mas um rio importante que leva o nome da nossa cidade – Magé!
Hoje como estou aposentado. Trabalhei 37 anos, sendo 35 no Rio de Janeiro, praticamente não vivia no dia a dia da nossa cidade.
A nossa Magé é chamada até hoje de cidade dormitório. Como? Somos a 11ª cidade mais populosa do estado e muitos só vêm para casa para dormir.
 
Vamos à História...
 
A História do Brasil não enxerga Magé. Hoje eu vejo o Brasil, através do meu berço, compreendo a grandeza desse Município que foi esquecido pelas autoridades, Estaduais e Federais.
 
Um colega acadêmico chamado Deneir, um magnífico Artista da Academia de Ciências e Letras e Artes de Magé – ACLAM, comandada pela professora Benedita Azevedo, me emprestou um Livro. Desse livro fui investigando a história do rio chamado MAGEPE. Também lendo o Livro Raízes de Magé e Guapimirim, encontrei “A LENDA DO RIO MAGÉ”. Juntei esses dois livros e comecei a minha investigação sobre esse importante rio.
 
A História da cidade diz que, Simão da Mota, foi agraciado com uma sesmaria por Estácio de Sá, em 1565, com seiscentas braças de terra ao longo da água e 1.000 braças pela terra a dentro, no rio Magepe, como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados na defesa do Rio de Janeiro contra os Franceses, chegou às praias de Piedade, acompanhado de pequeno séquito composto de parentes, alguns amigos e vários escravos africanos.
 
Vocês notaram, que aparece o nome rio Magepe na história.
 
Descobri onde é o final do rio Magepe. O nome Magepe foi trocado para Magé em 1789, por ordem do Vice-Rei Luiz de Vasconcelos na ocasião da elevação da cidade para Vila.
E onde nasce esse rio? Esse rio desemboca em Piedade e fui seguindo o rio Magé e de repente, ele sumiu. Sumiu? Como assim? Fiquei curioso!
 
Como um rio pode sumir assim? Claro não o rio, mas o nome. O rio importante do município sumiu? Onde? O rio que leva o nome do nosso Torrão sumiu!
Um dia, indo para Santo Aleixo pela Rodovia Rio x Teresópolis (Santo Dumont), antes de chegar ao viaduto de Santo Aleixo, passei por uma ponte, e ao passar veio na minha mente! Acho que li Rio Magé! Como?
Fui para Santo Aleixo e ao voltar, passei bem devagar pela entrada e li uma placa que a CRT colocou: RIO MAGÉ! Fiquei espantado! O Rio que tinha sumido em Piedade, apareceu na rodovia Santo Dumont. Então pensei: “Esse Rio é o que vem de Santo Aleixo?”
 
Pegando o Inventário dos Bens Culturais do Município de Magé, emprestado pelo Acadêmico da ACLAM, DENEIR, achei vários mapas de séculos passados, que constavam o RIO MAGEPE, indicando a sua nascente na minha querida terra Santo Aleixo!
Obs.: Nascei uns 50 metros desse rio e até agora não sabia o seu nome.
 
Agora eu tenho o início do Rio Magé e o final. E o corpo, onde está? Continuei a minha investigação. Fui ao Google Mapas e segui o Rio Magé.
Seguindo vi que passa na BR 493. Chegando à Magé, li RIO RONCADOR. Como? Será o nome roncador, porque o povo de Magé dorme no ônibus para trabalhar no Rio de Janeiro?
Será que é roncador, porque Magé é uma cidade dormitório? Não entendi? Tem município que tem rios com nomes da cidade. Rio Meriti, Rio Iguaçu, etc. Porque mudaram o nome de Rio Magé, para Roncador?
 
Perguntando algumas pessoas de Magé para confirmar a investigação, algumas falavam: “Ele é perto da Casa de Saúde”. Eu Respondia: “Lá é o Magé Mirim”. Outros falavam: “O Rio Roncador é o Rio Magé!”.
 
Quem trocou o nome de rio Magé? Quando foi? Porque fizeram isso?
Para mim, o rio Magé é o mais importante, pois abastece tanto o 2º Distrito Santo Aleixo, como o 1º distrito da cidade de Magé. Qual o motivo da troca do nome para Roncador? Descobri essa Lenda no Livro Raízes de Magé e Guapimirim de Roberto Féo.
Como já falei, fui criado, a uns metros do Rio Magé, na Vila Operária em Santo Aleixo e só aprendi o nome desse rio, 60 anos depois.
 
Continuando a investigação pesquisei o Jornal o Paiz de 1885, veja:
 
“O PAIZ – SABADO , 29 DE AGOSTO DE 1885 - ASSEMBLÉIA PROVINCIAL
Informação sobre o projeto que consigna 5.000$ para a construção de uma ponte sobre o Rio Magé em frente à fábrica de tecidos de Santo Aleixo - As Comissões de Obras e Fazenda Provincial.”
Magé! Cada dia me surpreende mais!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 


 


 Bandeira de Magé
 
 

 
 
 
 
 
Hino de Magé
 
Letra: Laércio Lindes Agra, Heraldo de Miranda Telles e Renato Peixoto dos Santos
Música: Heraldo de Miranda Telles e Renato Peixoto dos Santos
Mageenses, escutai
A voz que sai do coração.
Ao nosso canto atentai,
e eleva o nosso torrão.
Nossa terra é querida
tens heróis e tradições
É ela que dá guarita,
amor e glória aos corações
Magé linda Magé,
Terra de tradição.
Magé linda Magé,
Terra do coração.
A serra se eleva e mostra o Dedo de Deus
O mar reflete o lindo céu de anil
Seus filhos abençoados pelo Senhor
Desde os mais lindos cantos de amor
À Magé e ao Brasil!